domingo, 12 de janeiro de 2020

Review – Blacula, O Vampiro Negro (1972)

 Blacula, o Vampiro Negro

Filme que reinterpretou a história de Bram Stoker com atores negros na década de 1970.

Um grande clássico do cinema... Drácula ou melhor Blacula com um protagonista negro? Essa é a proposta de Blacula, O Vampiro Negro de 1972 dirigido por William Crain com roteiro de Joan Torres e Raymond Koenig dentro do movimento blaxploitation nos Estados Unidos cujos negros queriam uma maior exposição no mercado cinematográfico local em filmes cuja maioria era da raça negra com protagonistas negros. Além de filmes que tinham uma mensagem a falar.



No comecinho do filme temos no século XVIII um príncipe africano Mamuwalde protagonizado pela ator William Marshall que se encontra com o conde Drácula em seu castelo com o intuito de acabar com a escravidão de negros mostrando nestes filmes blaxploitation que os negros lutam por seus direitos e discriminação. O príncipe africano é mordido pelo conde Drácula e se transforma no que seria o Blacula.


Duzentos anos se passam e nos dias atuais em Los Angeles vai querer se encontrar com a amada no tempo presente que seria Tina e no passado Luva que foi assassinada pelo conde Drácula. Ambas personagens nos dois períodos da trama são vividas pela atriz Vonetta McGee.


Um filme de horror com humor negro divertido, trash, com diversos vampiros que aparecem ao longo da trama. O vampiro Blacula leva diversos tiros e ninguém consegue derrubá-lo. Ele mesmo sabe de seu risco assassino para a sociedade.

Review – Blacula, O Vampiro Negro (1972).


Em uma das cenas de Blácula, o Vampiro Negro (1972), dois policiais brancos patrulham uma rua movimentada em busca de um suspeito negro. Um deles avista o sujeito e, como não tem certeza se é o mesmo que procuram, joga a dúvida para o colega. “Não sei. Eles são todos iguais”, responde o oficial com desdém.



Dirigido por William Crain, um dos primeiros diretores americanos negros a trabalhar com o cinema de horror, Blácula se tornou um marco racial no gênero. Lançada com um elenco quase inteiramente negro, a produção conta a história de um príncipe africano que, durante uma visita à Transilvânia do século XVIII, é aprisionado em um caixão e sentenciado à vida eterna por Drácula racista.



O ator William Marshall interpreta o protagonista. Segundo histórias de bastidores, ele foi um dos responsáveis por manter a trama séria – honrando o drama de seu personagem. O resultado é um filme que, embora seja fruto de uma tendência de mercado (que tentava alcançar o público negro), surge como um manifesto sobre a luta racial nos Estados Unidos.





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